quarta-feira, 23 de maio de 2012

Uma pitada de manjericão

O alimento é mais que um simples tempero: graças à sua composição,beneficia o sistema cardiovascular e musculoesquelético, favorece a digestão e dá aquela revigorada no corpo


É quase impossível imaginar um bom prato italiano sem sua presença, afinal, quando utilizado na preparação de molhos, pizzas ou massas, o manjericão (Ocimum basilicum) pode fazer maravilhas pelo paladar. Da mesma forma, na cozinha indiana, seu sabor e aroma característicos viraram sinônimo de prazer gastronômico. A verdade é que, com o passar dos séculos, esta erva tão antiga – velha conhecida dos egípcios, gregos e romanos – deixou a Índia, sua terra natal, e ganhou o mundo. O Brasil, é claro, está incluído nesta lista; por aqui, a planta, de acordo com a região, recebe diferentes apelidos, como alfavaca, basílico-grande, erva-real e até remédio-de-vaqueiro.
Seja qual for o nome, seu principal uso é basicamente o mesmo: incrementar o sabor de feijão, caldos, carnes bovinas, peixes e outros pratos comuns no cardápio tupiniquim. A boa notícia é que sua fama e popularidade podem e devem continuar em alta. Segundo especialistas, o manjericão é mesmo um verdadeiro aliado do organismo, não só por suas propriedades nutricionais, mas também graças ao seu potencial terapêutico. Acompanhe!

Força que vem de dentro 
Se sabor e aroma são, tradicionalmente, os aspectos que mais despertam a atenção para o manjericão, há, ainda, outro bom motivo para dar créditos à sua utilização como tempero. “Ele contém magnésio, cálcio, potássio e vitaminas como riboflavina, tiamina e piridoxina, que agem como anti-inflamatórias, protegem o coração e têm efeito broncodilatador”, explica a nutricionista Márcia Vivas, do Prontobaby – Hospital da Criança, do Rio de Janeiro.
Este terceiro aspecto explica, aliás, por que em regiões rurais é comum encontrar pessoas que mastigam manjericão para aliviar problemas respiratórios – daí o nome “remédio-de-vaqueiro”. Isso acontece, pois, mesmo consumido in natura, o alimento mantém ativas suas propriedades farmacológicas, entre elas a capacidade de atuar como antiespasmódico. “Ele ajuda a combater espasmos musculares e pode ser utilizado como antiasmático, como também em afecções das vias respiratórias”, diz o nutrólogo José Roberto Kater, especialista em medicina antroposófica, de São Paulo.
Além desta característica, vale lembrar que, por conter boas doses dos minerais relacionados anteriormente, o manjericão melhora também o funcionamento do sistema musculoesquelético, atuando, por exemplo, na contração e relaxamento muscular e na manutenção da massa óssea. E o melhor, “não há restrições de idade ou de consumo para a erva”, afirma a nutricionista. Ou seja, quanto mais, melhor!
No Brasil, de acordo com a região, o manjericão recebe diferentes apelidos, como alfavaca, basílico-grande, erva-real e até remédio-de-vaqueiro

Mesmo quem não é lá muito fã de utilizá-lo como tempero, pode incorporá-lo ao cardápio em forma de chás e, assim, tirar proveito de suas propriedades, afinal de contas, mesmo na preparação da bebida, o manjericão desempenha papéis semelhantes ao do uso culinário e, de quebra, promove ação digestiva, diurética e energizante – embora ainda não haja estudos suficientes para comprovar a ação, acredita-se que a planta tenha o potencial de eliminar toxinas e atuar como tônico cerebral. Além de tudo isso, os compostos presentes no alimento promovem “ação antioxidante, antienvelhecimento e aumentam a imunidade”, explica a nutricionista Noadia Lobão, membro do Centro Brasileiro de Pesquisa e Apoio Nutricional (CBAN).
No entanto, é importante estar atento à qualidade e proveniência da erva para assegurar tais efeitos. Folhas com o aspecto bem esverdeado, por exemplo, tendem a apresentar maior concentração de todos os componentes. “A planta toda pode ser utilizada com fins medicinais ou culinários, especialmente antes da floração, quando o conteúdo de princípios ativos é máximo”, lembra o nutrólogo.

Cheiro de saúde
Os óleos essenciais do manjericão são os verdadeiros responsáveis por conferir aquele cheirinho inconfundível aos pratos e chás à base da erva, bem como por promover outros benefícios à saúde. Substâncias como estragol, linalol, lineol, alcanfor, eugenol, cineol, pineno, timol, taninos, saponinas, flavonoides e ácido cafeico fazem parte da lista de compostos presentes nestes óleos essenciais. Apesar dos nomes complicados, o efeito desempenhado por tais substâncias no organismo é relativamente simples: “Eles facilitam a digestão e desempenham leve efeito relaxante”, afirma a fitoterapeuta Patrícia Vieira, diretora médica da clínica OCA – Medicina do Bem-Estar (RJ).


Você sabia?
O manjericão perde parte de suas propriedades quando submetido a altas temperaturas. Por isso, adicione- o ao final da preparação de pizzas, por exemplo. Assim, o sabor ficará ainda mais apurado e os benefícios ainda melhores!

É importante ressaltar que a presença de flavonoides reforça a atuação do manjericão em favor da boa saúde celular. “As substâncias são fabricadas pelas plantas para que possam se defender de ataques do meio ambiente, sendo importantes antioxidantes para o organismo humano”, afirma José Roberto Kater.
Mesmo fora do cardápio, ou seja, quando extraídos das folhas da planta, os óleos essenciais encontram outro desempenho importante. “Na aromaterapia, o produto não deve ser consumido, mas, sim, utilizado para aromatizar ambientes e promover efeito relaxante, revigorante e restaurador”, completa Patrícia Vieira. 

Substituição: sai o sal, entra o manjericão
Já está mais do que comprovado que o excesso de sal faz mal à saúde. O alerta tem razão de ser: grandes inimigos da saúde, o glutamato monossódico e tantas outras substâncias largamente presentes neste e em diversos alimentos industrializados, podem elevar a pressão sanguínea e comprometer a saúde cardiovascular. Para evitar tais problemas, a dica é investir em combinações mais saudáveis para temperar os pratos. “O sabor balsâmico e levemente amargo do manjericão, combinado com salsinha, orégano, alho em pó e cebolinha, pode substituir o uso do sal”, sugere a nutricionista Noadia Lobão, membro do Centro Brasileiro de Pesquisa e Apoio Nutricional (CBAN). O resultado não poderia ser melhor. “A tática vai manter o sabor das refeições sem causar efeitos negativos. Aliás, o consumo diário dessa mistura por pessoas hipertensas auxilia, por exemplo, na melhora da circulação sanguínea”.

Fonte: Vida Natural & Equilíbrio

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