sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O chá e a cafeína


Quando se fala em cafeína, lembramos logo do café, não é mesmo?  Mas o nosso bom e velho chá também contém boa dose de cafeína (que nesse caso também pode ser chamada de teína).

A substância está presente nos três tipos mais conhecidos de chá: o preto, o verde e o branco - todos derivados da mesma planta, a Camellia sinensis 
Apesar de toda a fama adquirida pelo chá verde, a verdade é que 75% do chá produzido no mundo é preto. E é justamente o chá preto que contém mais cafeína entre os três. Enquanto uma xícara de café possui em torno de 90 mg de cafeína, a mesma xícara de chá preto tem entre 40 mg e 70 mg. No caso do chá verde, a cafeína varia entre 9 mg e 50 mg por xícara (no chá branco, a quantidade é muito pequena, assim como os efeitos). 
A absorção da cafeína do chá, no entanto, é mais lenta que a do café, mas pode ser acelerada com uma gota de limão – ou leite, bem ao gosto dos ingleses. 
Parte do efeito emagrecedor do chá se deve justamente à cafeína. Em doses moderadas, ela melhora a digestão e elimina parte da gordura que ingerimos. Além disso, o chá verde, por exemplo, favorece a flexibilidade do corpo e contribui na prevenção de lesões musculares. Alguns estudos recentes provaram que a cafeína está associada inclusive à melhora da retenção de memória e pode aumentar a eficiência de analgésicos.
Apesar de todos esses benefícios, o consumo em excesso da substância deve ser evitado. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Você sabe para que serve o Índice Glicêmico?

Fonte: revista Viva Saúde

Índice glicêmico serve para quê?
O índice glicêmico (IG) indica a velocidade com que os carboidratos são digeridos, afetando a concentração de glicose no sangue. Diabéticos devem evitar alimentos com altos IGs. Os valores abaixo referem-se a uma porção de 50 g de carboidrato da glicose, cujo IG é igual a 100*
*Dados da tabela internacional de índice glicêmico (IG) e Carga glicêmica (CG) - 2002; 2008/ informações revisadas Pela nutricionista Tatiana Barão, da Naturalis.


Alguns alimentos são "amigos dos diabéticos". Aprenda a incluí-los na alimentação!









terça-feira, 25 de setembro de 2012

É Primavera!


A primavera chega colorindo e dando mais vida aos jardins que andavam um tanto tristes com tanta seca. Além de trazer um pouco mais de umidade, com o início das chuvas, a nova estação inaugura um tempo de trabalho para que os jardins se transformem num cenário à altura da época mais florida do ano.

Dias secos, plantas sem viço, gramado abatido e muitas, muitas folhas secas. O cenário do jardim no final do inverno não é muito animador. Parece que falta tudo e que não vamos conseguir trazer de volta a beleza da paisagem. Mas é aí que entra a nova estação: a primavera chega trazendo as chuvas e o despertar de uma nova etapa que vai tirar a natureza da sua letargia. É tempo de trabalho no jardim, para deixá-lo pronto para receber as flores que chegam com o período mais alegre do ano. Acompanhe as dicas para cuidar dos jardins nos meses da primavera:

1. Adeus folhas secas!
Vasos, canteiros, jardineiras, enfim, por todo o canto há um festival de folhas secas indicando que o primeiro passo é retirá-las. Com o auxílio de uma tesourinha de poda pequena, faça a limpeza de arbustos e plantas envasadas, eliminado folhas e galhos secos. Recolha as folhas que estiverem na base das plantas, para evitar que se transformem num ambiente ideal para a proliferação de fungos: com as primeiras chuvas, os montes de folhas formam um verdadeiro "ninho" para os fungos.

2. Replantar
A época é ótima para mudar as plantas de vaso, pois as raízes terão bastante tempo para se adaptar ao novo local, antes de entrarem novamente no período de repouso. As plantas estão precisando de replantio se:
· as raízes estiverem saindo pelo orifício no fundo do vaso;
· mesmo com dias mais quentes, a planta não se desenvolve;
· a terra seca rapidamente e precisa ser regada com freqüência.


3. Podar só algumas
As plantas estão começando a brotar e entram em atividade rapidamente. Outras estão terminando sua floração que ocorre no inverno. Como as azaléias, que podem ser podadas neste período, para florirem com mais força no próximo ano. Assim que terminar a floração das azaléias, retire os galhos em excesso e corte a pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que você quiser. Para aumentar a próxima floração, elimine as pontas de todos os galhos que floresceram este ano e mantenha uma adubação periódica, de preferência mensal.


4. Uma força para o gramado
Se o gramado estiver com aspecto muito feio e abatido, aproveite para fornecer nutrientes, estimulando o crescimento de folhas sadias. Pode-se aplicar adubos específicos para gramados, encontrados em lojas especializadas. De preferência, aplique o adubo em dias chuvosos, ou pelo menos nublados. Se estiver sol, faça uma rega abundante após a aplicação, para evitar que o produto "queime" as folhas.

5. Aumentando a "família"
A primavera é a melhor época para o plantio. Aproveite para criar bordaduras, instalar novos canteiros, montar floreiras, plantar cercas-vivas, etc. O importante é escolher as espécies adequadas às condições do local.

 Receba a primavera com os Kits Cultivar da www.lojadojardim.com 


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os Superpoderosos Alimentos Antioxidantes

Alimentos Antioxidantes - valiosos para a saúde!


     Um recente estudo analisou o conteúdo de antioxidantes em mais de 3 mil tipos de alimentos consumidos mundialmente, identificando as principais fontes destas substâncias na alimentação.
     
O que são os antioxidantes?
     Os antioxidantes são compostos químicos que auxiliam no combate aos radicais livres e na prevenção de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares. Por isso, consumir habitualmente alimentos ricos em antioxidantes pode ajudar na manutenção da saúde e qualidade de vida.
     Selecionamos abaixo os grupos de alimentos mais ricos em antioxidantes, segundo a pesquisa. Conheça quais são eles e adicione mais saúde no seu dia a dia!
    
 Temperos e ervas: são um dos principais grupos de alimentos com alto valor de antioxidantes. Podem ser destacados o cravo-da-índia, hortelã desidratada, pimenta-da-jamaica, orégano, tomilho, alecrim, açafrão e sálvia (todos desidratados). Apesar de serem consumidos em pequenas quantidades, contribuem de maneira importante para o potencial antioxidante da dieta, especialmente quando utilizados regularmente nas preparações culinárias.
     
Frutas vermelhas e berries: o mirtilo ou blueberry, o Zereshk (um tipo de baga vermelha), ameixa seca, cranberry, morango e romã são os alimentos que mais contêm compostos antioxidantes no grupo das frutas vermelhas e berries.
    
Nozes e sementes: as principais fontes de antioxidantes deste grupo são as nozes, noz-pecã, semente de girassol, castanhas, amendoins, avelãs e amêndoas, sempre com casca.
    
Frutas e sucos naturais: algumas frutas e sucos naturais com maior conteúdo de antioxidantes são maçã desidratada, damasco seco, suco de romã, manga desidratada, suco de uva, suco de ameixa, suco de cranberry e de blueberry, laranja, suco de laranja, mamão papaya e maçã.
     
Bebidas: os maiores valores de antioxidantes foram encontrados nas folhas de chás (não processadas), nos chás em pó e no café. Outras fontes são o vinho tinto, chá verde e chá preto, além dos sucos naturais acima. 
     
Chocolates: a presença do cacau é que determina o teor de antioxidante do chocolate. Por isso, os chocolates amargos, com mais cacau, são melhores para a saúde. No estudo, os chocolates com 70 a 99% de cacau apresentaram os maiores valores de antioxidantes, seguidos pelos de 40 a 65% e, por último, de 24 a 30% de cacau.




    

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Beleza e sabor: Como Cultivar Flores Comestíveis


Por: Rose Aielo Blanco



Flores comestíveis... afinal, o assunto não é novo. Certamente você já comeu flores menos famosas no mundo ornamental. Quer ver? O brócolis, a couve-flor e a alcachofra são flores comestíveis!

Mas, se assunto é flores ornamentais, existem aquelas que podem ser saboreadas, além de apenas decorar os pratos.
Só que antes de tudo é importantíssimo lembrar que as flores utilizadas na alimentação não são as mesmas comercializadas em floriculturas ou gardens centers, pois estas são cultivadas com produtos químicos que podem causar sérios problemas para a saúde. As flores comestíveis devem ser adquiridas de produtores especializados, que não utilizam qualquer tipo de agrotóxico ou tratamento químico no seu cultivo.

Além disso, é fundamental saber que não são todas as espécies que podem ser ingeridas. Existem flores que apresentam princípios tóxicos e não devem ser usadas na alimentação de forma alguma. Exemplos disso são as violetas africanas, os crisântemos, o copo-de-leite, o lírio, entre outras.

Feito o alerta, vamos lá!. Vejamos algumas flores que podem ser usadas na alimentação:

Como cultivar e utilizar as flores comestíveis
Nem sempre é possível consumir a flor inteira. Em alguns casos, o que é possível comer são as suas partes ou mesmo as inflorescências. Por exemplo, da couve-flor comemos a inflorescência inteira; da alcachofra comemos o receptáculo floral e as partes carnosas das brácteas e das rosas apenas a corola (ou as pétalas). No caso da calêndula, da cravina, da áster e da centáurea, é recomendável retirar o miolo e usar só as pétalas. Já a capuchinha comemos inteira, inclusive seus frutinhos que podem ser feitos em conserva, lembrando bastante o sabor das alcaparras.

As flores podem entrar como ingredientes nas receitas, mas a forma mais fácil de usar as flores e colocá-las nas saladas. E então lá vai novamente o alerta: muitas flores podem ser tóxicas ou mesmo venenosas, por isso só use flores na alimentação quando tiver certeza de que não tenham nenhuma parte tóxica. Os alérgicos a pólen também devem ficar atentos.

Preparando as flores para o uso:

1. Faça a colheita de preferência logo pela manhã ou no final da tarde. Evite os horários mais quentes do dia, pois o excesso de calor pode provocar ressecamento, perda de sabor e coloração.

2. Remova as partes não comestíveis de acordo com a exigência de cada espécie, como explicado nesta matéria.

3. Lave bem as flores em água não muito fria, evitando danificar as pétalas. Faça isso com delicadeza, pois as pétalas se danificam com facilidade. Para secar, ponha para escorrer em toalhas de papel.

4. Evite o calor excessivo na hora de acrescentá-las aos pratos, evitando a perda de nutrientes. Ou você pensa que as flores oferecem apenas beleza? Elas também são ricas em vitaminas A e C, além de minerais como ferro e potássio. E não se preocupe em afetar a dieta: 100g de pétalas fornecem, em média, 40 calorias.

Conheça as flores que compõem um Mini Jardim de Flores Comestíveis

Goivos Dez Semanas Sortido Anão
Nome Científico: Matthiola incana; sin.: Cheiranthus incanus
Nomes Populares: Goivo 
Outros nomes: Goivo anão
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Origem: Mediterrâneo
Ciclo de Vida: Anual/bienal
Germinação 7 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 150
As flores do goivo são perfumadas e se apresentam em várias tonalidades como branca, rosada ou amarela. O sabor é uma mistura exótica entre levemente picante e doce – há quem compare ao sabor do rabanete. Elas podem ser consumidas enfeitando saladas ou mesmo cristalizadas (veja receita abaixo), enfeitando sobremesas.



Amor-perfeito Crespo Sortido

Nome Científico: Viola tricolor
Nomes Populares: Amor-perfeito crespo, violeta-borboleta 
Outros nomes: Pensamento
Família: Violaceae
Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene
Germinação 7 a 21 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 150
Há quem diga que as flores do amor-perfeito são usadas na culinária mais por seu belo visual que pelo sabor. Eu discordo. Se for utilizada a flor inteira, incluindo as sépalas (aquela parte verdinha), dá para perceber bem o aroma e sabores suaves e silvestres. Quanto à versatilidade, é imensa! As flores podem decorar saladas e sobremesas, aromatizar o vinagre (usar o de vinho branco), decorar bebidas (coloque a flor flutuando na taça) e também dão ótimos resultados ao serem cristalizadas.

Capuchinha Anã Singela Sortida

Nome Científico: Tropaeolum majus
Nomes Populares: Capuchinha, nastúrcio 
Outros nomes: Chagas, capuchinho
Família: Tropaeolaceae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Anual/bienal
Germinação 5 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 110
Também chamada de “chaguinha”, é uma das flores mais usadas na culinária. As folhas também podem e devem ser consumidas. Tanto as flores como as folhas têm sabor levemente picante, que lembra o do agrião. É rica em vitamina C e, segundo os especialistas, apresenta propriedades digestivas. A flor é rica em um carotenóide chamado “luteína” que, segundo pesquisas recentes, está relacionada com a prevenção de doenças como a catarata e a degeneração macular. As vistosas flores, que vão do tom amarelo ao alaranjado, começaram a ser usadas como alimento no Oriente. Também é interessante observar que os frutos da capuchinha lembram bastante as alcaparras.

Áster Pluma de Avestruz Sortida

Nome Científico: Callistephus chinensis, Áster chinensis
Nomes Populares: Áster, rainha-margarida 
Outros nomes: Áster-da-China
Família: Compositae (Asteraceae)
Origem: China e Japão
Ciclo de Vida: Anual
Germinação 7 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 150
Ela já era cultivada na China há mais de 2 mil anos, tornou-se muito popular na Europa como flor ornamental e o mesmo ocorreu no Brasil. Mas suas pétalas, além de ornamentais são também comestíveis e podem acompanhar saladas (especialmente as cortadas bem fino, como repolho, acelga, etc), enfeitar arroz e até farofas tropicais. Com esta flor, vale a recomendação de retirar o miolo e consumir apenas as pétalas.

Calêndula Dobrada Sortida

Nome Científico: Calendula officinalis
Nomes Populares: Calêndula, mal-me-quer 
Outros nomes: Maravilha-do-jardim
Família: Compositae (Asteraceae)
Origem: Ilhas Canárias e Mediterrâneo
Ciclo de Vida: Anual
Germinação 7 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 70
As flores da calêndula, que variam do amarelo ao laranja-escuro, são ricas em carotenóides e óleos essenciais. Trata-se de uma planta de amplo uso medicinal. As pétalas da calêndula podem dar um colorido especial às saladas e sobremesas ou ser misturadas com arroz, sopas, queijos e manteiga, como substitutas do açafrão. Por essa razão muita gente ainda conhece a calêndula como “açafrão dos pobres”. Lembrando que para consumir esta flor o miolo deve ser retirado na hora de comer.


Centáurea Cyanus Sortida

Nome Científico: Centaurea cyanus
Nomes Populares: Centáurea 
Outros nomes: Botão de bacharel
Família: Compositae (Asteraceae)
Origem: Europa
Ciclo de Vida: Anual
Germinação 7 a 21 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 120
Em tempos antigos as flores azuis da centáurea eram usadas no preparo de um pigmento usado em aquarelas e na culinária. Hoje, o uso é restrito à culinária. O sabor das pétalas da centáurea fica entre o doce e o picante e lembram o cravo-da-índia bem suavizado. Uma recomendação importante: o cálice da flor não deve ser usado, pois é bem amargo.



Cravina Anã Singela Sortida

Nome Científico: Dianthus chinensis
Nomes Populares: Cravo-da-China
Outros nomes: Tapete persa
Família: Caryophyllaceae
Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene
Germinação 7 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 120
A cravina tem um aroma bem característico, que lembra o cravo-da-índia como se fosse levemente adocicado. Em função do aroma especial, as pétalas sempre foram usadas para aromatizar açúcar, geléias, vinagre e até o vinho. Antes de usar as flores da cravina na culinária é recomendável retirar a basal das pétalas, que são bem amargas. As pétalas podem enfeitar saladas, sobremesas e depois de cristalizadas podem decorar bolos e tortas. Combinam também com patês e queijos cremosos.

Hesperis Matronalis Sortida

Nome Científico: Hesperis matronalis
Nomes Populares: Hespéris, violeta-das-damas 
Outros nomes: Juliana-dos-jardins, mãe-da-noite 
Família: Brassicaceae 
Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene/bienal
Germinação 7 a 14 dias
Ciclo até o início da floração (dias): 60
As flores de cores branca, lilás e roxa da hespéris são usadas há tempos na culinária e na medicina popular. Popularmente era indicada no tratamento da gota, cálculos, abscessos, afecções da pele e também como diurética, expectorante e sudorífera. O cataplasma das folhas eram usados para acelerar a maturação dos abscessos. Na culinária era utilizada para aromatizar leites, cremes, bebidas e sucos. Pode acompanhar saladas, legumes cozidos e decorar pratos à base de arroz.





segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Na casca do maracujá!


Lá está a pectina, substância capaz de controlar os níveis de glicose, diminuir o colesterol e aquelas gordurinhas que teimam em alargar sua cintura


Fonte: Revista Vida Natural e Equilíbrio


A casca de alguns alimentos carrega propriedades tão benéficas à saúde quanto o conteúdo da polpa. Certo, e o maracujá é um deles. Saiba que essa camada, geralmente descartada, possui (pasme!) a maior concentração de pectina da natureza, um tipo de fibra solúvel que se transforma em uma espécie de gel dentro do estômago, com o poder de equilibrar a absorção de açúcar, colesterol e gorduras. De acordo com a nutricionista Marcella Pepe, da Clínica Sodré, durante o trajeto entre a boca e o intestino, a substância leva consigo não apenas a glicose, mas também o colesterol dos alimentos, até eliminá-los no bolo fecal. "Ela diminui a velocidade da entrada do açúcar no sangue, evitando os picos de insulina. Isso ajuda a manter os níveis de glicose controlados", explica a especialista.
Além disso, como não é ingerida pelo organismo, a pectina também é eficiente para a perda de peso, pois desacelera a absorção dos carboidratos e provoca a sensação de saciedade.

Barriguinha na mira 
Presente em grande quantidade na parte branca da casca do maracujá, esse tipo de fibra é apontado como um dos melhores bloqueadores de gordura. Um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revelou que o consumo diário da farinha diminuiu as taxas de LDL (colesterol ruim) e o peso das participantes. De acordo com a pesquisa, algumas chegaram a perder até oito quilos!
"Esse trabalho nos deixa otimista, mas é bom lembrar que a ingestão do alimento deve estar associada a uma dieta equilibrada, com pouca gordura e calorias, e prática de atividades físicas", lembra Glaucia Padovan, nutricionista da rede Mundo Verde.


Xô, toxinas! 
Mais uma boa notícia para quem se animou com a farinha de maracujá: ela livra o organismo de toxinas que podem prejudicar as funções dos órgãos e desequilibrar o metabolismo - o que pode desagradar quem briga com a balança. "Para aproveitar esse efeito da fibra e facilitar a ação desintoxicante, é preciso beber muita água - pelo menos dois litros por dia", ressalta Marcella.
Aliás, para sentir os efeitos do nutriente você deve consumi-lo todos os dias. Glaucia recomenda de duas a três colheres da farinha, preferencialmente meia hora antes das refeições principais, misturando o pó a um copo d'água. "É a melhor maneira de aproveitar os benefícios da fibra", garante. No entanto, nada impede de usar a criatividade e tornar a presença da pectina no cardápio mais atrativa - até porque o sabor do pozinho não é dos mais apetitosos. Ela pode ser adicionada em sucos, vitaminas, sopas, saladas e até sobre o feijão, como se fosse farinha de rosca ou de trigo.

Resposta adversa
Você já sabe: tudo em excesso faz mal. Ainda não existem comprovações científicas sobre os efeitos colaterais da farinha feita com a fruta, mas os especialistas alertam que altas quantidades podem causar diarréia e perda de outros nutrientes.
O Food and Agriculture Organization (FAO), órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, indica a ingestão diária de 30 gramas de fibras por dia. Uma colher de sopa de farinha contabiliza 3,5 gramas, ou seja, fica longe desse limite. Como grãos, frutas, hortaliças e tubérculos estão cheios de fibras, ao longo do dia é moleza nutrir o corpo com essa substância.

Onde tem pectina
O nutriente está em todas as frutas, especialmente nas cítricas. Além da casca do maracujá, os alimentos mais ricos no composto são a maçã, a pêra, a laranja, o limão e o pêssego. Mas por que, então, a tal farinha ganhou tanta fama? É porque nas outras frutas a pectina fica concentrada na polpa, cheia de açúcar, o que não é interessante para os diabéticos.
E não pára por aí. "A farinha pura tem conteúdo calórico baixo", ressalta o clínico geral Alex Botsaris, especialista em plantas medicinais e autor do livro Fórmulas Mágicas (Editora Nova Era, 784 páginas). Cada 10 gramas da farinha (ou uma colher de sopa) têm apenas 47 calorias.


O que mais tem na casca
Conheça as outras maravilhas que a casca de maracujá faz para seu corpo

Cálcio: favorece a contração muscular e fortalece dentes e ossos.
Ferro: afasta a anemia e dá aquele pique!
Fósforo: ativa a memória, a oxigenação das células e a circulação do sangue.
Vitamina B3: atua na produção de hormônios, melhora o humor, ajuda no crescimento das crianças e protege a parede do estômago.

Faça você mesmo!
Veja como é simples e rápido ter farinha de maracujá caseira e fresquinha
1. Escolha seis maracujás firmes e sem rugas. Lave bem as frutas em uma mistura de água com bicarbonato de sódio (1 colher de sopa por litro) ou vinagre. Volte a passá-los em água corrente.
2. Retire a polpa (guarde para fazer suco) e corte a casca ao meio, em tirinhas.
3. Coloque os pedaços da casca em uma assadeira em forno médio por cerca de 30 minutos - ou até que fiquem sequinhas -, mexendo de vez em quando. Espere esfriar.
4. Depois que a casca estiver torrada, bata-a no liquidificador (ou passe no processador) até obter uma farinha. Se restarem grumos, peneire o pó.
5. Guarde a farinha em um recipiente limpo e tampado em local livre de umidade.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Arroz: saúde e energia

Fonte: Vida Natural & Equilíbrio


Mais disposição, controle do colesterol, prevenção de doenças cardiovasculares e combate à diabete são apenas alguns dos benefícios que o grão proporciona 


O grão tem presença marcante no prato do brasileiro desde os tempos coloniais. Herança da Ásia Central e conhecido pelo paladar dos cinco continentes, chegou ao Brasil por meio dos portugueses no século 16 e, a partir daí, virou marca registrada do nosso cardápio. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam que, atualmente, consumimos uma média de 74 a 76 quilos de arroz por ano.


Excelente fonte de carboidratos complexos, vitaminas e minerais, o alimento possui uma série de benefícios que podem ser mais acentuados de acordo com cada tipo do grão. Aliás, já fica a dica: o arroz polido, aquele que comemos no dia a dia, é o que possui menor quantidade de nutrientes, sendo mais vantajoso dar preferência a outras opções, como o integral. Vamos aos benefícios?


Mais potência ao organismo
Essa é a principal contribuição do arroz tradicional. "Noventa por cento dele é amido", afirma a nutricionista Julie Calixto Lobo, doutoranda em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse tipo de carboidrato confere ao organismo a força que ele precisa para funcionar regularmente. Como resultado, temos mais disposição para realizar as tarefas do cotidiano. "O arroz representa, segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), 27% da necessidade de energia diária e 20% das necessidades de proteínas", conta a nutricionista Maria Gorete Aiello, da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo.

Os tipos integral, preto e parboilizado contêm metionina, substância que contribui para o bom funcionamento da memória

Aminoácidos essenciais
Falando em proteínas, elas estão mais presentes nos tipos integral, preto e parboilizado, que não passaram pelo processo de polimento igual ao tradicional. Os aminoácidos do arroz (estruturas da proteína) podem ser considerados melhores que os encontrados no trigo ou no milho. "Eles contribuem para a regeneração dos tecidos e para a produção de hormônios, entre outros fatores", destaca a nutricionista Ruth Yamada, do Centro Universitário São Camilo, na capital paulista. Outro bom exemplo é o aminoácido metionina, que contribui para o bom funcionamento das células nervosas e da memória.


Arroz integral: contra diabete
Como todo alimento integral, o consumo de arroz não refinado ajuda a diminuir a incidência de doenças crônicas e a controlar o nível glicêmico, por conta da grande quantidade de fibras. "A absorção de glicose pode ser retardada pela alta ingestão de fibras", conta a nutricionista Ruth Yamada. O consumo delas também está relacionado à redução na pressão arterial e ao equilíbrio de colesterol total, fatores que contribuem para prevenir doenças cardiovasculares e desenvolvimento de câncer.

Todos esses benefícios são pelo fato de as fibras regularem o trânsito intestinal, impedindo que substâncias tóxicas sejam armazenadas no organismo. Há, ainda, um estudo feito pela Universidade de Temple, nos Estados Unidos, indicando que a camada rica em fibras que envolve o arroz integral pode inibir a angiotensina II, uma proteína relacionada ao desenvolvimento de pressão alta e do enrijecimento das artérias (aterosclerose). 



Coquetel de vitaminas e minerais
Prepare-se para a enxurrada de nutrientes. O arroz pode apresentar em sua composição diversas vitaminas: A (boa para a visão), B1 (atua nos músculos), B2 (contribui para o transporte de oxigênio no organismo), B6 (atua no metabolismo de aminoácidos), B12 (ajuda na formação dos glóbulos sanguíneos), C e E (poderosas antioxidantes) e K (participa na coagulação sanguínea). E tem mais: Ruth Yamada ainda enfatiza a niacina (B3), presente principalmente no grão integral. "Ela tem a função de evitar a insônia e ajudar na perda de peso", explica.

Quanto aos minerais, eles se apresentam em maior concentração nas camadas externas do grão. Por isso, quanto menos polido o arroz for, maior a quantidade desses componentes. O preto, o parboilizado e o integral são os que possuem mais potássio, mineral que previne intestino preso, fraqueza muscular e também ajuda na manutenção dos batimentos cardíacos.

Além disso, o alimento é fonte considerável de fósforo, magnésio, cálcio e zinco. E aí vem a relação com o silício, rico na casca do grão. "É um mineral que participa na formação dos ossos e na prevenção da osteoporose, justamente por facilitar a fixação do cálcio, do fósforo e do magnésio", esclarece Julie Calixto.

Estudos têm demonstrado que a levedura de arroz vermelho reduz os níveis de colesterol ruim, o LDL

Arroz vermelho: controle do colesterol 
O óleo do farelo de arroz já tem o benefício de aumentar o HDL, o bom colesterol, no organismo. O que estudos também têm apontado é outra versão do alimento que é autoridade nesse assunto: o fermento de arroz vermelho.

Segundo Maria Gorete, o uso dessa levedura vem da China, há mais de mil anos, sendo utilizada para fins terapêuticos. "Desde a década de 1970 têm aumentado as evidências de sua ação na redução dos níveis de colesterol, podendo ser uma saída para as pessoas que precisam controlar essas taxas, mas que não toleram os efeitos colaterais das estatinas, drogas utilizadas para o tratamento", esclarece a professora da FMU.

Uma das pesquisas que comprovam tal efeito foi realizada por uma equipe do Chestnut Hill Hospital, nos Estados Unidos. Os pacientes que receberam um composto de levedura vermelha apresentaram uma redução maior nos níveis do colesterol LDL, o mau colesterol, em relação àqueles que foram tratados à base de placebo. A explicação é que a composição natural desse fermento possui monacolina K, um composto também conhecido como lovastatina, que é redutor de colesterol.