terça-feira, 29 de maio de 2012

A Lenda do Girassol

Apolo, o mais belo de todos os deuses do Olimpo, decididamente nunca teve muita sorte com as mulheres que amou. Apolo, o deus do Sol, vencedor das trevas e da escuridão, era jovem, atraente, dono de um porte elegante e de uma voz encantadora, mas parecia não ter muito sucesso com as eleitas de seu coração. Algumas literalmente fugiram dele: a ninfa Castália correu o quanto pode, até transformar-se numa fonte cristalina e inspiradora, no Monte Parnaso, onde está correndo até hoje; a bela Dafne, que Apolo também perseguiu, implorou aos deuses que a transformassem num frondoso loureiro, antes que ele a alcançasse.
Outras não recorreram à velocidade das pernas, mas usaram meios, igualmente eloquentes, para que Apolo entendesse que ele não as possuiria. Coronis ofendeu-o ao trocá-lo por Ísquis, um simples mortal que morava na Arcádia. Cassandra, princesa de Tróia, enganou-o com promessas até que ele lhe desse o desejado dom da profecia; então, como costumavam fazer as maldosas mulheres daquela época remota, dispensou-o com um sorriso e mandou-o contar navios. 
Marpessa, disputada por Apolo e por Idas, príncipe da Messênia, foi ainda mais clara: quando Zeus a mandou escolher entre os dois, ela preferiu o mortal. "Apolo não me serve como parceiro", disse ela. "Para um deus, o tempo não passa; para os humanos, porém, cada hora deixa a vida mais curta".
Já destino bem diferente foi o de Clítia, ninfa das águas, uma das filhas de Tétis e do Oceano. Desprezada por Apolo, com quem teve um breve romance, viu-se tomada de tal paixão que perdeu a vontade de viver. Com o semblante transtornado e os cabelos em desalinho, afastou-se do convívio alegre das outras ninfas e foi sentar na terra nua, no lugar mais solitário da campina. Ali, no raiar de cada manhã, ela esperava que Apolo apontasse no horizonte, dirigindo o carro do Sol, e dali mesmo ela seguia sua luminosa trajetória no azul do firmamento, até que o manto da Noite viesse cobrir o Universo.
Ovídio, que nos conta essa triste história, diz que por nove dias e noites ela ficou assim, imóvel, sem sentir fome nem sede, nutrida apenas pelo orvalho e pelas lágrimas que derramava - quando então os deuses, por piedade, transformaram-na no girassol, que até hoje acompanha nos céus a passagem de seu amado. 
Mas, como tudo na vida pode e deve ter um final feliz, fomos presenteados com esta bela planta - o girassol - dourado como sol, capaz de iluminar tudo ao seu redor.
Que tal ter esta linda planta pertinho de você? O kit Vamos Plantar Girassol da www.lojadojardim.com torna isso bem fácil e vem prontinho para você começar a cultivá-lo! Confira!




quarta-feira, 23 de maio de 2012

Uma pitada de manjericão

O alimento é mais que um simples tempero: graças à sua composição,beneficia o sistema cardiovascular e musculoesquelético, favorece a digestão e dá aquela revigorada no corpo


É quase impossível imaginar um bom prato italiano sem sua presença, afinal, quando utilizado na preparação de molhos, pizzas ou massas, o manjericão (Ocimum basilicum) pode fazer maravilhas pelo paladar. Da mesma forma, na cozinha indiana, seu sabor e aroma característicos viraram sinônimo de prazer gastronômico. A verdade é que, com o passar dos séculos, esta erva tão antiga – velha conhecida dos egípcios, gregos e romanos – deixou a Índia, sua terra natal, e ganhou o mundo. O Brasil, é claro, está incluído nesta lista; por aqui, a planta, de acordo com a região, recebe diferentes apelidos, como alfavaca, basílico-grande, erva-real e até remédio-de-vaqueiro.
Seja qual for o nome, seu principal uso é basicamente o mesmo: incrementar o sabor de feijão, caldos, carnes bovinas, peixes e outros pratos comuns no cardápio tupiniquim. A boa notícia é que sua fama e popularidade podem e devem continuar em alta. Segundo especialistas, o manjericão é mesmo um verdadeiro aliado do organismo, não só por suas propriedades nutricionais, mas também graças ao seu potencial terapêutico. Acompanhe!

Força que vem de dentro 
Se sabor e aroma são, tradicionalmente, os aspectos que mais despertam a atenção para o manjericão, há, ainda, outro bom motivo para dar créditos à sua utilização como tempero. “Ele contém magnésio, cálcio, potássio e vitaminas como riboflavina, tiamina e piridoxina, que agem como anti-inflamatórias, protegem o coração e têm efeito broncodilatador”, explica a nutricionista Márcia Vivas, do Prontobaby – Hospital da Criança, do Rio de Janeiro.
Este terceiro aspecto explica, aliás, por que em regiões rurais é comum encontrar pessoas que mastigam manjericão para aliviar problemas respiratórios – daí o nome “remédio-de-vaqueiro”. Isso acontece, pois, mesmo consumido in natura, o alimento mantém ativas suas propriedades farmacológicas, entre elas a capacidade de atuar como antiespasmódico. “Ele ajuda a combater espasmos musculares e pode ser utilizado como antiasmático, como também em afecções das vias respiratórias”, diz o nutrólogo José Roberto Kater, especialista em medicina antroposófica, de São Paulo.
Além desta característica, vale lembrar que, por conter boas doses dos minerais relacionados anteriormente, o manjericão melhora também o funcionamento do sistema musculoesquelético, atuando, por exemplo, na contração e relaxamento muscular e na manutenção da massa óssea. E o melhor, “não há restrições de idade ou de consumo para a erva”, afirma a nutricionista. Ou seja, quanto mais, melhor!
No Brasil, de acordo com a região, o manjericão recebe diferentes apelidos, como alfavaca, basílico-grande, erva-real e até remédio-de-vaqueiro

Mesmo quem não é lá muito fã de utilizá-lo como tempero, pode incorporá-lo ao cardápio em forma de chás e, assim, tirar proveito de suas propriedades, afinal de contas, mesmo na preparação da bebida, o manjericão desempenha papéis semelhantes ao do uso culinário e, de quebra, promove ação digestiva, diurética e energizante – embora ainda não haja estudos suficientes para comprovar a ação, acredita-se que a planta tenha o potencial de eliminar toxinas e atuar como tônico cerebral. Além de tudo isso, os compostos presentes no alimento promovem “ação antioxidante, antienvelhecimento e aumentam a imunidade”, explica a nutricionista Noadia Lobão, membro do Centro Brasileiro de Pesquisa e Apoio Nutricional (CBAN).
No entanto, é importante estar atento à qualidade e proveniência da erva para assegurar tais efeitos. Folhas com o aspecto bem esverdeado, por exemplo, tendem a apresentar maior concentração de todos os componentes. “A planta toda pode ser utilizada com fins medicinais ou culinários, especialmente antes da floração, quando o conteúdo de princípios ativos é máximo”, lembra o nutrólogo.

Cheiro de saúde
Os óleos essenciais do manjericão são os verdadeiros responsáveis por conferir aquele cheirinho inconfundível aos pratos e chás à base da erva, bem como por promover outros benefícios à saúde. Substâncias como estragol, linalol, lineol, alcanfor, eugenol, cineol, pineno, timol, taninos, saponinas, flavonoides e ácido cafeico fazem parte da lista de compostos presentes nestes óleos essenciais. Apesar dos nomes complicados, o efeito desempenhado por tais substâncias no organismo é relativamente simples: “Eles facilitam a digestão e desempenham leve efeito relaxante”, afirma a fitoterapeuta Patrícia Vieira, diretora médica da clínica OCA – Medicina do Bem-Estar (RJ).


Você sabia?
O manjericão perde parte de suas propriedades quando submetido a altas temperaturas. Por isso, adicione- o ao final da preparação de pizzas, por exemplo. Assim, o sabor ficará ainda mais apurado e os benefícios ainda melhores!

É importante ressaltar que a presença de flavonoides reforça a atuação do manjericão em favor da boa saúde celular. “As substâncias são fabricadas pelas plantas para que possam se defender de ataques do meio ambiente, sendo importantes antioxidantes para o organismo humano”, afirma José Roberto Kater.
Mesmo fora do cardápio, ou seja, quando extraídos das folhas da planta, os óleos essenciais encontram outro desempenho importante. “Na aromaterapia, o produto não deve ser consumido, mas, sim, utilizado para aromatizar ambientes e promover efeito relaxante, revigorante e restaurador”, completa Patrícia Vieira. 

Substituição: sai o sal, entra o manjericão
Já está mais do que comprovado que o excesso de sal faz mal à saúde. O alerta tem razão de ser: grandes inimigos da saúde, o glutamato monossódico e tantas outras substâncias largamente presentes neste e em diversos alimentos industrializados, podem elevar a pressão sanguínea e comprometer a saúde cardiovascular. Para evitar tais problemas, a dica é investir em combinações mais saudáveis para temperar os pratos. “O sabor balsâmico e levemente amargo do manjericão, combinado com salsinha, orégano, alho em pó e cebolinha, pode substituir o uso do sal”, sugere a nutricionista Noadia Lobão, membro do Centro Brasileiro de Pesquisa e Apoio Nutricional (CBAN). O resultado não poderia ser melhor. “A tática vai manter o sabor das refeições sem causar efeitos negativos. Aliás, o consumo diário dessa mistura por pessoas hipertensas auxilia, por exemplo, na melhora da circulação sanguínea”.

Fonte: Vida Natural & Equilíbrio

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Coentro: a erva da imortalidade

Na época do descobrimento do Brasil, os portugueses conheceram diversas variedades de coentro – que os indígenas chamavam inhambi e o consumiam puro, ao natural, não como tempero, mas como um alimento. Segundo consta, as variedades européias do coentro foram trazidas pelos colonizadores e adaptaram-se perfeitamente ao clima brasileiro, tanto que o coentro se tornou um dos temperos mais populares da nossa culinária, muito utilizado no Norte e Nordeste para temperar pratos à base de peixe.


Para os povos antigos da China e do Egito, a erva tinha poderes mágicos: suas sementes guardavam o “segredo da imortalidade” e, por isso, eram colocadas nos túmulos dos nobres egípcios para ajudar a alma a encontrar seu “caminho eterno”. O outro lado mágico do coentro está ligado ao amor: para os árabes, as sementes possuíam um poderoso efeito afrodisíaco, capaz de despertar violentas paixões. Uma receita de vinho tinto com sementes de coentro chegou a ganhar fama de verdadeira “poção do amor”.

O coentro (Coriandrum sativum) é uma erva utilizada desde tempos remotos. Para se ter uma ideia, a planta é citada no Velho Testamento, pois era usada junto com o vinagre para conservar carnes. Além de condimento, o coentro era utilizado como medicinal – o próprio “pai da medicina”, o grego Hipócrates, deixou registrado seu uso

O coentro é uma planta herbácea da família das Umbelíferas, cuja altura média varia de 25 a 60 cm. As folhas são de cor verde brilhante, alternadas e fendidas nas bordas. Na base da planta, as folhas são muito parecidas com as da salsa e no alto, lembram mais as folhas do funcho. A floração ocorre entre a primavera e o verão, quando surgem as flores pequenas, brancas ou róseas, e delas se formam os frutos redondos, com cerca de 1,5 a 5 mm de diâmetro.

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Monte um vaso de ervas e tenha temperos fresquinhos sempre à mão!




É muito fácil montar uma jardineira de ervas aromáticas e ter sempre à mão
temperos fresquinhos e deliciosas ervas para chá. Vamos lá! Você vai precisar de:

· 1 vaso grande ou, de preferência, uma jardineira (as de plástico são mais leves);
· seixos rolados;
· terra;
· húmus de minhoca ou torta de mamona;
· mudas de ervas de boa procedência
1. Forre o fundo da jardineira com os seixos rolados, para garantir uma boa drenagem.2. Coloque a terra já misturada com o húmus ou a torta de mamona.3. Faça algumas covas na terra, retire as mudas dos sacos plásticos e encaixe-as nas covas.
4. Complete a jardineira com o restante da terra, cobrindo as raízes e apertando levemente com as mãos.
5. Para completar, regue bem sem encharcar.
Cuidados:
· As ervas precisam de luz solar, pelo menos algumas horas por dia. Sem isso, é praticamente impossível cultivá-las.
· Mantenha regas regulares, mas nunca encharque a terra.
· Retire folhas velhas, amareladas e secas e verifique periodicamente se não há ataques de pragas. Nesses casos, evite produtos químicos e use apenas inseticidas naturais (calda de fumo, calda de sabão, etc.), pois as ervas serão utilizadas como tempero e no preparo de chás.
· Adube a cada 3 meses, com húmus de minhoca e torta de mamona.
· Na hora se escolher as ervas, procure selecioná-las segundo as exigências de luminosidade. Lembre-se que elas estarão no mesmo vaso.

Para facilitar, aqui vão algumas sugestões:

Ervas para sol pleno:
 Cerefólio (Anthriscus cerefolium), estragão (Artemisia dracunculus), cebolinha (Allium schoenoprasum), alecrim (Rosmarinus officinalis), orégano (Origanum vulgare), manjerona (Majorana hortensis), hortelã (Mentha sp.), sálvia (Salvia officinalis), melissa (Melissa officinalis), tomilho (Thymus vulgaris), salsa (Petroselinum sativum).

Ervas para meia sombra:
 Anis (Pimpinella anisum), poejo (Mentha pulegium), manjericão (Ocimum basilicum).



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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Oliveira: a folha também tem poder

O azeite não é o único motivo para celebrar a oliveira (Olea europaea). Os cientistas não param de descobrir benefícios escondidos também nas folhas dessa árvore mediterrânea: elas têm poderes antibióticos e estimulam o sistema imunológico, além de ter o dobro do poder antioxidante do chá verde e quatro vezes o da vitamina C. 
Agora, pesquisadores chineses encontraram, no extrato dessas folhas, propriedades cicatrizantes. Em um experimento feito em coelhos com lesões nas cartilagens dos joelhos, eles observaram que os tecidos se regeneraram mais depressa no grupo que recebeu o extrato por três semanas do que no grupo que tomou apenas água.
A descoberta deixou a equipe bastante otimista. "O extrato das folhas de oliveira pode ter efeito benéfico também em doenças das articulações em humanos". escreveram os estudiosos no artigo publicado no Journal of  Medical Food.