terça-feira, 29 de julho de 2014

Diga-me o que você come e eu lhe direi se é feliz...

Gordura trans causa tristeza, bananas e chocolates dão alegria.... será mesmo que os alimentos podem interferir diretamente em nosso humor? Os cientistas estão afirmando que sim.



Um estudo realizado em 2010 com 200 detentos de oito prisões na Holanda mostrou um resultado bem interessante. Em períodos que variavam de um a três meses os detentos recebiam, junto com a refeição normal do dia, algumas cápsulas de suplemento com um mix de vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega 3, ou um simples placebo. No grupo que recebia o suplemento, notou-se que o comportamento agressivo foi se tornando menos frequente. Os pesquisadores, orientados pelo psicólogo Ap Zaalberg, passaram a registrar atitudes violentas com menor frequência.
Resultados bem similares foram obtidos num outro estudo realizado no Instituto Sanitário Nacional (NIH), nos Estados Unidos. Alguns pacientes dependentes de álcool que apresentavam comportamento impulsivo e violento passaram a receber suplementos alimentares que supriam eventuais deficiências em sua dieta. O resultado do estudo mostrou que com a suplementação, as atitudes destes pacientes se mostraram bem menos agressivas.

Segundo artigo publicado na Revista Scientific American, no primeiro semestre de 2014, alguns estudos que usam placebos como controle confirmam o efeito benéfico dos ácidos graxos ômega 3 em pacientes com depressão e/ou que sofrem de distúrbio maníaco-depressivo. "Graças a essas substâncias é possível aliviar os sintomas do distúrbio borderline de personalidade", afirma a psiquiatra americana Mary Zanarini, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard. Em 2003 ela coordenou um estudo piloto no qual, por oito semanas, dez mulheres diagnosticadas com transtorno borderline utilizaram um suplemento nutritivo com ácidos graxos ômega 3 . As pacientes apresentaram uma redução dos sintomas depressivos e dos impulsos agressivos em relação ao grupo de controle com o placebo. 

Para o pesquisador Peter Falkai, coordenador do setor de psiquiatria e psicoterapia da Clínica Universitária de Gõttingen,  "a alimentação, combinada com os exercícios físicos e os estímulos sociais, desempenha papel importante para a saúde mental". 


A questão toda parece basear-se na seguinte premissa: alguns alimentos fornecem nutrientes e substâncias que participam da produção dos neurotransmissores, que são uma espécie de "mensageiros químicos" que fazem a comunicação entre as células do nosso sistema nervoso. 

Dentre os vários neurotransmissores, a serotonina é a que exerce uma grande influência no estado de humor. Ela é a substância que funciona como uma injeção de bem estar e como um sedativo que melhora o humor de um modo geral, especialmente em pessoas com depressão. Ocorre que os níveis cerebrais de serotonina dependem da ingestão de alimentos fontes de triptofano - o aminoácido que é precursor da serotonina.


E olha só quais são os campeões do bom humor:


Chocolate

Cientistas concordam: chocolate está associado ao bom humor. E olhe que ele é capaz de fazer bem para a pessoa mesmo antes do nascimento! Num estudo realizado em 2004 na Finlândia, os pesquisadores observaram que, aos 6 meses, bebês de mães que haviam consumido diariamente um pouco de chocolate durante a gestação eram mais ativos, risonhos e tranquilos. A avaliação foi obtida com a medição da frequência de seus sorrisos e risadas.
 O chocolate influencia o humor porque o organismo tem carência de alguns aminoácidos essenciais, entre outras coisas, para produção dos neurotransmissores, as moléculas mensageiras trocadas entre os neurônios. O triptofano serve como produto de base para a serotonina, o "hormônio da felicidade". Na falta dessa molécula podem se manifestar depressão e estados de ansiedade. De fato, a distribuição de triptofano parece atenuar os sintomas depressivos, visto que quanto mais circula no cérebro mais serotonina é produzida.

Ovo

Repletos de proteínas de alta qualidade e ómega 3 (de galinhas com uma alimentação rica em ómega 3), os ovos são uma boa fonte de vitaminas B12, B2 B5 e D. Um ovo cozido contem mais de 20% da quantidade diária de triptofano recomendada. Uma dieta equilibrada que inclui de proteína de alta qualidade, como podemos encontrar em ovos e carboidratos saudáveis, ajuda a estabilizar o açúcar no sangue e evita os altos e baixos emocionais.
Além disso, nos ovos, a vitamina B12 auxilia na produção de energia, reduzindo problemas de memória e sintomas de depressão. 

Semente de Girassol
As sementes de girassol são fonte riquíssima de ácido fólico e magnésio, duas substâncias que desempenham um papel importante na regularização do humor.  A falta de magnésio no organismo é muitas vezes responsável por casos de fadiga, nervosismo e ansiedade, pois provoca um aumento de adrenalina. Níveis de magnésio estáveis e adequados estão relacionados a estados de calma e relaxamento, essenciais para o bom humor. Alguns estudos científicos mostram que suplementos de magnésio são benéficos como coadjuvantes em tratamentos de depressão, tendências suicidas, ansiedade, irritabilidades e insônia.
Já ácido fólico - uma vitamina complexo B - que está relacionado às funções do sistema nervoso. A falta de ácido fólico pode ocasionar episódios de irritabilidade, depressão, confusão mental e insônia. 
Vale destacar ainda que as  sementes de girassol são uma boa fonte de triptofano e tem sido recomendadas por nutricionistas como um suplemento natural para aumentar os níveis de serotonina - substância responsável pela sensação de bem estar.
Banana
Graças à combinação de vitaminas B6, A e C, fibras, triptofano, potássio; fósforo, ferro, proteínas e carboidratos, a banana é considerada um dos alimentos mais indicados para elevar o bom humor. A ingestão de uma banana provoca no organismo um choque energético ocasionado pela combinação de frutose + fibra , diminuindo a falta de açúcar no sangue e aumentando quase que instantaneamente o humor. 
Além disso, os carboidratos estimulam a absorção do triptofano no cérebro e a vitamina B6 ajuda a converter o triptofano em serotonina, essencial para o humor. Outro ponto a favor da banana: é rica em ferro, mineral importante para a produção de energia e combate à a fadiga.




quinta-feira, 24 de julho de 2014

Café para a pele?


Quem é que resiste ao bom e velho cafezinho? A bebida é presença constante nos lares brasileiros, nas reuniões de negócios, no intervalo das comprinhas no shopping, enfim, o café está em todas! E quem diria, além de dar aquela energia e nos ajudar a despertar pela manhã, os especialistas estão descobrindo que ele faz muito bem para.... a pele!

Como todo mundo sabe, a café é muito rico em cafeína - um composto químico classificado como alcalóide - reconhecida por suas propriedades estimulantes  do sistema nervoso central, que também pode atuar no organismo como um antidepressivo leve, elevando a produção de determinados neurotransmissores (serotonina, dopamina e noradrenalina) no cérebro. Mas existe uma outra faceta desta substância que tem sido bem explorada na área da cosmética. A cafeína tem sido presença cada vez mais constante em produtos cosméticos, pois possui substâncias que melhoram a circulação sanguínea, aumentando a firmeza da pele e combatendo a temível celulite.

Segundo a nutricionista Paula Castilho, o café é um aliado na luta  contra as rugas e linhas de expressão. É uma rica fonte de antioxidantes, que protegem os organismo dos danos causados pelos radicais livres. 

Além disso, a cafeína colabora na manutenção dos tecidos da derme, evitando o aparecimento de rugas prematuras. E o efeito que beneficia a pele pode ser obtido tanto com cremes que possuem o composto na fórmula, quanto com o consumo de suplementos e do tradicional cafezinho ao longo do dia, explica a nutricionista. 




quarta-feira, 23 de julho de 2014

Algas Marinhas: saiba porque fazem bem à saúde


Será que os alimentos que consumimos hoje nos fornece todas as vitaminas e minerais que nosso organismo necessita? Pode ser que não... Segundo Camila Prata, nutricionista do Rio de Janeiro (RJ), a a terra utilizada para o cultivo de grãos, frutas, verduras e legumes está cada vez mais pobre em nutrientes. Isso sem falar que o corre-corre de nossa rotina nos leva cada vez a optar por alimentos industrializados, que são mais práticos, porém também são ricos em gorduras e açúcares e pobres em nutrientes importantes como fibras, vitaminas e minerais.

É, de fato, um dilema. Mas nessas horas, é que surge a opção pelos suplementos, como forma de complementar e corrigir as falhas da nossa alimentação diária. 

Segundo os especialistas, a suplementação à base de algas marinhas é uma ótima opção. As algas marinhas são ricas em cálcio, magnésio, ferro e outros minerais como molibdênio e cromo - benéficos para a formação e manutenção de dentes e ossos, para o equilíbrio do ritmo cardíaco e controle muscular. Além disso, elas ajudam a potencializar a absorção dos nutrientes, por ser de origem vegetal.

Isso pode ser verificado pela pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): segundo o estudo, o cálcio, por exemplo, tem maior absorção na suplementação vegetal (86,7%) em comparação com as fontes minerais (69,7%) e animais (27,4%).





terça-feira, 22 de julho de 2014

Vegetarianismo: A vida sem carne....

Fonte de Pesquisa: Revista Veja

Por motivos religiosos, preocupação com os animais, ideologia ou até mesmo para garantir uma alimentação benéfica ao organismo, o vegetarianismo tem sido cada vez mais considerado uma opção viável à dieta alimentar, um novo estilo de vida. Não existem dados precisos sobre o número de adeptos no Brasil, mas segundo pesquisa sobre hábitos alimentares realizada pelo grupo Ipsos 28% das pessoas "têm procurado comer menos carne".
"O aumento do número de restaurantes especializados, de produtos destinados aos vegetarianos e até de visitantes em nosso site sinalizam que o interesse pelo assunto é crescente", afirma Marly Winckler, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira.
Quem decidir riscar o produto do cardápio, porém, deve atentar para a substituição adequada dos nutrientes abundantes na carne vermelha, frango e peixe. "O primeiro passo é buscar a orientação médica para compor um cardápio alimentar que supra todas as necessidades antes preenchidas pelos alimentos de origem animal", explica Dan Linetzky Waitzberg, professor de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e nutrólogo do Hospital Santa Catarina.
Quem não busca orientação tem mais chances de sofrer as consequências de uma dieta pobre. "Os vegetarianos devem ter maior atenção no que diz respeito à ingestão de vitamina B12, cálcio, zinco e ferro", lembra a nutricionista Juliana Ruas, do Hospital Sírio-Libanês. "Se a pessoa não tiver a alimentação adequada, pode ter anemia ferropriva (deficiência de ferro), anemia perniciosa (deficiência da B12) e desnutrição protéica, já que não consegue consumir todos os aminoácidos essenciais", completa a nutricionista Michele Trindade, do Instituto de Metabolismo e Nutrição (Imen).
As recomendações se tornam ainda mais específicas e relevantes em determinadas fases da vida. "Pela própria fisiologia do envelhecimento, os idosos têm uma redução da capacidade de digestão e absorção dos alimentos", explica Waitzberg. "Então, precisam ser acompanhados bem de perto por geriatras e nutricionistas".
Soluções - O segredo de cardápios propostos por profissionais gabaritados é que eles trazem combinações de alimentos capazes de facilitar a absorção de alguns nutrientes. Por exemplo, de nada adianta fazer uma lasanha vegetariana e cobri-la com molho branco. Isso porque o cálcio - presente no leite e, portanto, no molho branco - atrapalha a absorção do ferro. O correto seria: "Combinar alimentos que contêm ferro com outros com grande quantidade de vitamina C, que potencializa a absorção", diz Trindade.
Outra dificuldade está na vitamina B12. Produzida por bactérias, ela está presente principalmente nos alimentos de origem animal - já que os animais se alimentaram delas ou as abrigam no intestino. Normalmente, no caso de vegetarianos estritos, essa vitamina precisa ser suplementada. 

Como substituir a carne?

Alimentos de origem não animal que fornecem os nutrientes adequados

Fonte: Michele Trindade, nutricionista clínica do Instituto de Metabolismo e Nutrição (Imen)

Os especialistas atentam ainda para um cuidado especial: os novos vegetarianos tendem a comer carboidratos em excesso. Sem as carnes, sobram as batatas-fritas, pizzas, arroz e muito queijo. "Ao contrário do que as pessoas imaginam, se houver um consumo exagerado de queijos e ovos, o vegetariano pode até ganhar peso", afirma o endocrinologista Luciano Giacaglia, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Winckler lembra que a alimentação para uma pessoa vegetariana pode ser bastante saborosa e variada. "Vegetariano não come só salada e não é difícil encontrar alimentos", diz. "Para alguns pode ser difícil no começo, mas aos poucos você sente a diferença de uma alimentação saudável", complementa. 

Tipos de vegetarianismo

Variações da dieta que exclui carne

Ovolactovegetarianismo: composta de alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados. As carnes são totalmente excluídas
Lactovegetarianismo: composta por alimentos de origem vegetal, leite e derivados. Todos os tipos de carne e também ovos são proibidos. A dieta é popular na Índia
Ovovegetarianismo: composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos. Carne e produtos lácteos e derivados são excluídos
Vegetarianismo estrito: composta exclusivamente de alimentos de origem vegetal. Carnes, ovos, laticínios e todos os demais produtos de origem animal são excluídos